A produção global de biocombustíveis (como etanol, biodiesel e HVO) cresceu mais de 10 vezes entre 2000 e 2019. Em 2019, foram produzidos 2,7 milhões de barris por dia (b/d) de biocombustíveis. Os EUA responderam por 1,1 milhão b/d (42,4%) desse total, seguidos pelo Brasil com 710 mil b/d (26,4%).
Já a eletromobilidade está ganhando destaque em todo o mundo. Em 2021, houve um crescimento de 109% nas vendas globais de veículos elétricos em relação ao ano anterior. Atualmente, cerca de 16 milhões de automóveis e comerciais leves elétricos e híbridos plug-in circulam no mundo, além de 600 mil ônibus elétricos.
No entanto, no Brasil, a eletromobilidade ainda enfrenta desafios. Embora as vendas de automóveis leves eletrificados tenham aumentado 41% em comparação com 2021, a infraestrutura de carregamento e os preços ainda são obstáculos. Além disso, a eletrificação de caminhões semipesados e pesados é mais difícil devido ao peso e ao custo das baterias. A eletrificação de frotas de transporte público, como ônibus elétricos, deve ser uma âncora para a disseminação da eletromobilidade no Brasil.
Existem vários tipos de biocombustíveis que são usados em larga escala e têm grande potencial de crescimento. Esses combustíveis são de origem biológica não fóssil e normalmente têm origens em plantas. Vamos explorar os principais tipos:
Biodiesel: É um combustível renovável e biodegradável obtido a partir de óleos vegetais (como soja, amendoim) ou animais. O biodiesel substitui o óleo diesel usado em automóveis, caminhões, tratores e outros veículos. Ele não é tóxico, é mais lubrificante e contribui para a redução de dióxido de carbono na atmosfera.
Biogás: É uma mistura de gases obtida através da decomposição biológica de matéria orgânica, na ausência de oxigênio. Essa mistura é constituída principalmente por gás metano e é purificada até ter a qualidade do gás natural. O biogás é obtido em aterros sanitários, pântanos, intestinos de animais, entre outros.
Bioetanol: É o etanol produzido a partir de biomassa, como milho, celulose ou cana-de-açúcar. É amplamente utilizado como combustível e também pode ser misturado à gasolina.
Biometanol: É o metanol produzido a partir de biomassa. Tem várias utilidades, como solvente, preparação de colesterol, hormônios e vitaminas, extração de produtos animais e vegetais, entre outras.
Bioéter dimetílico: É um éter dimetílico produzido a partir de biomassa.
Bio-ETBE (bio éter etil-ter-butílico): É produzido a partir do bioetanol. A percentagem em volume de bio-ETBE considerada como biocombustível situa-se nos 47%.
Bio-MTBE (bio éter metil-ter-butílico): É produzido a partir de biometanol. A percentagem em volume de bio-MTBE considerada como biocombustível situa-se nos 36%.
Biocombustíveis sintéticos: São hidrocarbonetos sintéticos ou misturas de hidrocarbonetos sintéticos produzidos a partir de biomassa.
Bio-hidrogênio: Embora menos comum, o bio-hidrogênio também é um biocombustível obtido a partir de fontes renováveis.
Esses biocombustíveis oferecem alternativas mais sustentáveis aos combustíveis fósseis e contribuem para a redução das emissões de gases poluentes. Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens, mas todos desempenham um papel importante na busca por uma matriz energética mais limpa e eficiente.
Artigo brilhante!
Assim como nosso corpo necessita de uma dieta equilibrada, o Brasil precisará de um mix o mais diverso possível para atender às demandas de consumo existentes em todos os segmentos.
Da mobilidade urbana às necessidades rurais, podemos substituir a gasolina e o Diesel por uma gama de biocombustíveis cujas matérias primas vão desde o uso eficiente de resíduos agrícolas, industriais e urbanos, além da celulose e das oleaginosas, lembrando que não há risco de interferência na cadeia alimentar, pois os subprodutos após a extração dos biocombustíveis fomentam essa cadeia fornecendo ração para praticamente todo tipo de animal, principalmente os confinados, onde a alimentação balanceada permite um ganho de peso mais equilibrada e saudável ao mesmo tempo que encurta…