Consumo e preço recordes de energia elétrica. Como encaixar essa conta no orçamento das famílias?
- Gilberto Camargos
- 1 de abr.
- 3 min de leitura
Por Gilberto Camargos - Diretor-executivo da SolaX Power no Brasil
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram o que os brasileiros já estão sentindo no bolso - a inflação oficial do Brasil avançou 1,31% em fevereiro, após uma alta de 0,16% em janeiro. Esse é o maior patamar do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês de fevereiro desde 2003.

E o principal vilão dessa alta dos preços foi a energia elétrica residencial, que subiu quase 17% em relação a janeiro. Aliado a esse cenário, dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que o Brasil ultrapassou, pela primeira vez, 77 mil MW médios de consumo de energia elétrica em um único mês, o que representa aumento do consumo de 4,9% em fevereiro. Ou seja, na mesma proporção em que aumenta o consumo de energia elétrica aumenta também o custo dessa energia.
Então, como equilibrar essa balança para que o orçamento das famílias não perca o controle? Não é de hoje que o brasileiro precisa fazer um malabarismo para conseguir arcar com seus compromissos financeiros, sendo que a conta de energia é uma das principais preocupações de grande parte das famílias. Os extremos do clima estão se intensificando e tornando essa conta ainda mais pesada – no verão, as temperaturas cada vez mais altas exigem muito de aparelhos de ar-condicionado, ventiladores e aparelhos de refrigeração. Já no inverno, a necessidade de elevar a temperatura do chuveiro, por exemplo, é também um vilão da conta mensal.
Diante desse cenário desafiador, o consumo de energia limpa, como a solar, torna-se opção economicamente vantajosa e sustentável. Vale destacar que a energia solar é uma fonte de energia verde com crescimento exponencial no Brasil e já representa 22% da matriz elétrica brasileira, ou seja, a segunda maior fonte do país.
Porém, não é preciso limitar o seu uso durante os períodos de sol, porque já é possível ‘guardar’, ou seja, armazenar essa energia e utilizá-la posteriormente, seja em períodos noturnos ou chuvosos, não sendo necessário injetar na rede da concessionária aquela energia excedente. Afinal, esta é uma prática que já está no radar da ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica), que fez um alerta recente de que alguns estados estão sendo monitorados pelo risco de sobrecarga de energia devido ao excesso de energia solar injetado na rede.Esse armazenamento de energia é possível por meio da instalação de um sistema composto por inversor solar híbrido e bateria, que pode ser instalado em qualquer tipo de moradia: sejam apartamentos, casas ou mesmo em propriedades rurais.
Observem que a tecnologia evoluiu para que as famílias possam ter a liberdade de praticar um estilo de vida mais sustentável: neste caso, utilizar a energia solar fotovoltaica no horário em que houver necessidade, assim, otimizando o uso dessa fonte de energia limpa.
A isso denominamos segurança energética, para que nunca falte energia em casa, mesmo diante de apagões ou interrupções pela concessionária; independência energética, por ser possível usar a energia solar integralmente, sem precisar ‘devolvê-la’ à rede da concessionária; além de potencializar a economia na conta de energia no final do mês. E o mundo já percebe os benefícios desse armazenamento: em 2024, a demanda anual de baterias ultrapassou 1 TWh pela primeira vez, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Porém, muitos podem pensar que esse sistema de armazenamento está longe da sua realidade por ser caro demais. Tenho uma boa notícia: segundo pesquisa da consultoria Greener, o preço das baterias deve cair pela metade até 2030 e R$ 22,5 bilhões devem ser investidos no mercado brasileiro de baterias nos próximos cinco anos.
O planeta está mostrando à população que as mudanças para alternativas sustentáveis são urgentes e a fonte de energia solar é uma alternativa viável, com potencial enorme no Brasil e no mundo. Ademais, as inovações tecnológicas chegam para potencializar o que já é muito bom, por exemplo, essa possibilidade de armazenar uma fonte de energia limpa. Essas soluções atendem uma demanda do bolso do consumidor, que está ávido por redução de custos de energia, e também do planeta, que pede socorro para que as práticas ‘mais verdes’ sejam realizadas para ontem!

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