por Camila Mattana Bugarim
Com frequência, os sintomas dos transtornos físicos e mental, do que conhecemos como ''ansiedade'', vêm se tornando mais comuns entre jovens e adultos, no entanto, agora, também com o olhar da inquietação sobre as mudanças climáticas. Com sorte, existem atividades preventivas que podem evitar ou amenizar quando do surgimento desse sentimento, além de acalmar os seus sintomas.
No meio ambiente, o termo ansiedade climática, vem ocupando espaços entre as diversas preocupações modernas e aparecendo cada vez mais nos estudos, como o novo transtorno mental, que se refere ao medo, preocupação ou angústia sobre as mudanças climáticas e os impactos ambientais causados no meio ambiente pelo próprio homem.
A ansiedade como um todo, sobrevém por medo daquilo que não se controla: o futuro. No entanto, o aquecimento global, os desastres naturais, a perda de biodiversidade, fazem parte dessa grande condição, e que muitas vezes podem ocorrer de forma espontânea ou antrópica, fugindo de qualquer controle humano.
Independente das suas variações, a ansiedade climática, atinge, inclusive crianças e jovens, que são expostos a essas informações de forma alarmante, e que muitas vezes, se sentem culpadas por hábitos de consumo ou até mesmo por não encontrar formas para colaborar devido a magnitude dos problemas relacionados.
Diferente de um medo passageiro, ela surge de uma consciência crescente sobre medos de ficar sem teto, sobre os ventos fortes que assustam, assim como espécies de animais que podem desaparecer, sem constatar nenhuma possibbilidade de ajuda ou solução por sua parte. O mais importante nesses casos, é discutir sobre a pauta sim, porém, sempre de acordo com a idade e nível de entendimento de quem esta passando por essas aflições. E só assim direcionar a preocupação para se obter maiores informações seguras e possíveis diante do caso exposto.
Além dos jovens, os profissionais das áreas afins do meio ambiente e clima, assim como cientistas, lidam antecipadamente com os dados alarmantes e enfrentam a frustação de não ver mudanças rápidas. E aqui está um das maiores crises do momento: aquilo que tanto era temido, esta sendo visto e sentido por todos, então como controlar?
A ansiedade climática, não é apenas um problema pessoal, ela tem impacto inclusive em decisões relacionadas a mudanças de hábitos de consumo, de poder de compra, e até mesmo em escolhas de atuação de cunho profissional. Quando o assunto é notado por alguns indivíduos, mudanças comportamentais e pensamentos acelerados devem ser cuidadosamente direcionados para profissionais da saude mental para canalizar tais informações, de forma a ajudar o paciente e cuidar daquilo que realemnte importa: a vida.
Por fim, a educação ambiental, assim como a informação assertiva, podem e devem trazer maior empoderamento e clareza sobre como agir nesses casos. Focar em soluções, não apenas nos problemas, pode ser uma alternativa para contribuir, visualizando essa condição como um motor poderoso para as mudanças climáticas. Canalizá-las para ações concretas, inspirando a capacidade humana de encontrar esperança ainda é o melhor caminho para o presente, afinal, o futuro do planeta não esta definido, e isso é a nossa maior oportunidade, comenta Camila Mattana, que também teve seu diagnóstico de ansiedade climática identificado por sua terapeuta há mais de 6 anos atras, quando o tema ainda nem era tão relatado.
DO AQUECIMENTO GLOBAL Á SAÚDE MENTAL: O QUE É A ANSIEDADE CLIMÁTICA?
Escrito por: Camila Mattana Bugarim– Consultora Ambiental | Líder em Sustentabilidade | ESG | Engajamento | Comunicação Ambiental | Produtora de conteúdos |
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