Por Joao Pedro Neves, Partner na RZK Energia
Os humanos controlam o mundo porque são capazes de cooperar melhor do que qualquer outro animal, e são capazes de cooperar tão bem porque acreditam em ficções.
A atual revolução tecnológica e científica implica não que indivíduos autênticos e realidades autênticas podem ser manipulados por algoritmos e câmeras de televisão, e sim que a autenticidade é um mito. Na verdade, tudo o que você experimentar na vida está dentro de seu próprio corpo e da sua própria mente
O gênero humano está enfrentando revoluções sem precedentes, todas as nossas antigas narrativas estão ruindo e nenhuma narrativa nova surgiu até agora para substituí-las. Hoje não temos ideia de que aspecto terão a China e o resto do mundo em 2050. Não sabemos o que as pessoas farão para ganhar a vida e não sabemos como vão funcionar exércitos ou burocracias. Daí ser provável que muito do que as crianças aprendem hoje seja irrelevante em 2050.
Atualmente, é enorme a quantidade de escolas que se concentram em abarrotar os estudantes de informação. No passado isso faria sentido, porque a informação era escassa, e mesmo o lento gotejar da informação existente era repetidamente bloqueado pela censura. No século XXI, estamos inundados por enormes quantidades de informação, e nem mesmo os censores tentam bloqueá-las. Em vez disso, estão ocupados disseminando informações falsas ou nos distraindo com irrelevâncias. Nenhum governo pode ter esperança de esconder toda informação da qual ele não gosta.
Por outro lado, é alarmantemente fácil inundar o público com relatos conflitantes e pistas falsas. Além disso, inúmeras outras coisas estão a um clique de distância, o que faz com que seja difícil concentrar-se, e quando a política ou a ciência parecem complicadas demais, é tentador mudar para alguns vídeos engraçados sobre gatos, fofocas de celebridades ou pornografia.
Num mundo assim, as pessoas precisam de capacidade de extrair um sentido da informação, perceber a diferença entre o que é importante e o que não é, e acima de tudo combinar os muitos fragmentos de informação num amplo quadro do mundo. A tecnologia não é uma coisa ruim, se você souber o que deseja na vida, ela pode ajudá-lo a conseguir. Mas se você não sabe, será muito fácil para a tecnologia moldar por você seus objetivos e assumir o controle da sua vida.
Para ser bem-sucedido numa tarefa tão intimidadora, você terá de trabalhar muito duro para conhecer melhor o seu sistema operacional. Para saber quem você é, e o que deseja da vida. Este é o mais antigo conselho registrado: conheça a si mesmo.
O link com o contexto dos Energy Advisors estão em três pontos: (1) É importante mantermos coerência em relação as abordagens realizadas com os clientes ao longo do tempo; (2) É fundamental usarmos a tecnologia a nosso favor; e (3) Precisamos ter e seguir evoluindo nos nossos conhecimentos para podermos entregar o melhor valor aos nossos clientes.
A coerência na abordagem com os clientes será fundamental para que possamos ser um ponto de referência efetivo e que possamos apoiar na jornada da transição energética. A energia tem diversos atributos e a eletrificação das coisas se delineia para ser a forma mais eficaz e sustentável embora esteja só no começo. Os spreads muito grandes de energia no Brasil e a necessidade de se adequar aos custos de um mercado de varejo e aberto são enormes desafios, entretanto é preciso estar focado na jornada do cliente. Credibilidade é sobrevivência!
O uso de tecnologia é mandatório, precisamos desenvolver e saber usar as diferentes tecnologias existentes. A boa experiência do cliente e a eficiência em custos passa por aí, ou seja, falamos da ferramenta necessária. O ser humano ficará cada vez mais com a questão dos “soft skills”. E para isso a tecnologia precisa proporcionar o uso do nosso tempo com qualidade, isso quer dizer que precisamos usar a tecnologia ao nosso favor para efetivamente gerar valor.
E daí chegamos no ponto que sigo sendo repetitivo, a educação. É com base na busca do conhecimento científico que teremos condições de entregar de verdade os três vetores que movem a questão do consumidor de energia: segurança, custo e não destruir o mundo. E essa deve ser a busca incansável do Energy Advisor.
A nova profissão do mercado de energia está aí e já é uma realidade !
João Pedro Correia Neves é graduado em Administração de Empresas e MBA na FIA-USP, fez especialização em diversos países como Itália, Estados Unidos (Chicago e São Francisco) e China (onde integrou o grupo de estudo Brasil – China da FIA-USP). Atua no setor elétrico desde 2003 nos segmentos de distribuição, geração, comercialização e gestão de energia, além de ter atuado no setor de telecomunicações. Atuou nos primeiros leilões de energia regulado e na migração do mercado livre para o modelo que existe hoje no pós-apagão. Além disso teve participação na consolidação da operação da Net-Claro-Embratel, nas Olimpiadas 2016, e dentre outras grandes projetos criou o projeto “A Energia da Claro Brasil”. Trabalhou na Duke Energy Corporation, AES (Eletropaulo, Tiete, Uruguaiana, Brasiliana e AES Sul) e na Claro Brasil. Hoje é sócio e conselheiro da RZK Energia , sócio e fundador da Sol by RZK – Internet of People, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída 🇧🇷 e do INEL - Instituto Nacional de Energia Limpa.
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