Por Daniel Lima – ECOnomista
Muito se fala sobre a necessidade de explorar mais petróleo para custear a transição energética. No Brasil, no entanto, a realidade é outra: estão taxando a energia proveniente do SOL.
Em novembro de 2024, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX) tomou uma decisão que desafia a lógica e a sustentabilidade: aumentar a alíquota de importação de módulos fotovoltaicos de 9,6% para 25%. Alegando valorizar a indústria nacional, essa medida parece ignorar a realidade do mercado solar brasileiro.
A alegação de que a medida visa valorizar a indústria nacional é uma falácia. Mesmo que nosso parque industrial estivesse a pleno vapor, mal conseguiria suprir 5% da demanda nacional de módulos solares. A justificativa de que o aumento dos impostos gerará empregos é igualmente falaciosa. É de conhecimento geral que, a cada 30 empregos gerados por megawatt instalado de energia solar fotovoltaica, apenas dois estão na fabricação de equipamentos.
O governo está colocando em risco milhares de empregos nas empresas que atuam nos demais níveis da cadeia produtiva da energia solar, como distribuição, comercialização, instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos. Além disso, está inviabilizando bilhões em novos investimentos devido à taxação dos módulos solares.
Lutei muito para trazer Lula de volta à presidência do Brasil, mas é incompreensível ou mesmo irracional esta TAXAÇÃO DO SOL.
Aproveito para fazer um apelo ao nosso estimado Presidente: deixe o SOL brilhar no Brasil!
Governo Brasileiro Transfere o Ônus da Transição Energética para o SOL
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