Por: Renato Zimmermann – Mentor e Consultor em Energias Limpas
Considerando que tudo o que consumimos é feito utilizando energia elétrica, o valor da tarifa de energia é algo impactante em todas as atividades humanas. Para as indústrias, a energia é considerada um insumo, algo similar a matéria-prima pois tudo o que foi produzido tem embutido este custo da energia. Para o segmento do comércio, a energia tem um peso menor pois as potências dos motores, equipamentos e os volumes gastos nos estabelecimentos são inferiores aos das indústrias.
Enquanto isso nas residências a preocupação está em administrar um orçamento familiar onde o volume consumido de energia representa uma fatia grande dos gastos que precisam ter equilíbrio para as contas fecharem no final do mês.
Nos três casos, a preocupação primeira é com a disponibilidade e com a qualidade do fornecimento. Interrupção no fornecimento causam transtornos e prejuízos. Da mesma forma se a energia não tiver boa qualidade, os equipamentos irão apresentar falhas e poderão sofrer danos.
Superando todas estas questões, entra em cena o custo da tarifa de energia como outro motivo para atenção especial. Neste aspecto, o setor elétrico evoluiu para deixar mais especificado o funcionamento e as regras. De um lado temos os agentes geradores, transmissores e distribuidores de energia e no outro os agentes clientes consumidores. No miolo da relação está a ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica que deverá buscar equilíbrios entre as duas pontas criando regulamentos e fiscalizando.
Para o consumidor de energia a dificuldade em entender a leitura da fatura de energia é normal pois são tantas siglas, particularidades e números que confundem até os mais esclarecidos, afinal precisa interpretar medições, tarifas, impostos, taxas. Após isto vem os postos tarifários de consumo ponta e fora ponta e por último e não menos importante, a modalidade tarifária que pode ser residencial, industrial, comercial, rural, irrigante, alta ou baixa tensão.
Com a criação da Geração Distribuída no Brasil em 2012, o consumidor passou a ter direito a instalar sua própria fonte de geração de energia e a distribuidora de energia passou a instalar um relógio bidirecional medindo energia que entra e que sai do local onde está instalada a usina. A cada ciclo mensal é feita a medição e o resultado é apresentado na conta de energia.
A geração própria de energia adicionou ainda mais componentes para análise e averiguação mas, também trouxe para o mercado elétrico, milhares de novas empresas que ajudam na interpretação das contas, ajudam a levar inteligência energética para os consumidores e melhoram a vigilância dos números das contas de energia apresentados. Somado a tudo isto, estes novos empreendedores do setor trazem oportunidades aos consumidores detectando qual a melhor modalidade tarifária, a melhor eficiência energética e as opções de melhoramentos e redução de custos.
Então este exercício de interpretação passa a ser facilitada com a ajuda destas novas empresas especializadas, e uma conta de energia melhor interpretada trará economia e novas oportunidades aos consumidores que disciplinarem seu consumo de energia e entenderem as condições e as tarifas que estão sendo cobradas em sua conta.
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