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O papel da ONU na Governança Climática Global! e como está o papel da Governança Brasileira.

Foto do escritor: Energy ChannelEnergy Channel

Fizemos um Diagnóstico Detalhado.


O que é Governança Climática Global?


Governança climática global refere-se ao conjunto de políticas, acordos, instituições e ações coordenadas em escala planetária para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. 


Este modelo busca alinhar esforços entre nações, setores públicos e privados, e a sociedade civil, promovendo medidas que mitiguem os impactos ambientais e adaptem as sociedades às novas condições climáticas.


A governança climática vai além de tratados e acordos formais, abrangendo ações como:

Desenvolvimento de marcos regulatórios.


Criação de mecanismos financeiros para adaptação e mitigação (como mercados de carbono).


Monitoramento de emissões.

Transferência de tecnologias limpas.

Fortalecimento da cooperação entre países.


O Papel da ONU na Governança Climática


A Organização das Nações Unidas (ONU) tem sido a principal entidade responsável por facilitar e estruturar a governança climática global. Desde a criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 1988, a ONU lidera a ciência climática, promovendo a conscientização e a ação coletiva.


Entre os principais instrumentos e ações da ONU na governança climática estão:


1. Acordos Globais:

Protocolo de Kyoto (1997): Primeiro esforço global para reduzir emissões de gases de efeito estufa, focando em países desenvolvidos.
Acordo de Paris (2015): Meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, com contribuições nacionalmente determinadas (NDCs).

2. Plataformas de Cooperação:

COP (Conferência das Partes): Reunião anual que reúne países para negociar metas e políticas climáticas.
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: Inclui o ODS 13, que trata especificamente de ação climática.

3. Financiamento Climático:

Fundo Verde para o Clima (GCF): Criado para apoiar países em desenvolvimento na mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

4. Monitoramento e Ciência:

IPCC: Produz relatórios científicos fundamentais para embasar políticas e negociações climáticas.

Com essas iniciativas, a ONU busca integrar a ação climática em todos os continentes, promovendo um esforço global coordenado para enfrentar os desafios ambientais.


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Governança Climática por Continente


Agora que entendemos o conceito de governança climática e o papel central da ONU, apresentamos um panorama detalhado de como essa governança se manifesta em cada continente, incluindo avanços, desafios e perspectivas.


América do Norte


Avanços: Adoção de tecnologias limpas, como energias renováveis nos EUA e Canadá.

Desafios: Resistências políticas e econômicas em estados dependentes de combustíveis fósseis.


Perspectiva: Maior unificação das políticas climáticas entre os países.


Europa


Avanços: Liderança na transição energética e desenvolvimento de políticas como o Pacto Ecológico Europeu.

Desafios: Diversidade econômica e política entre os membros da UE.

Perspectiva: Consolidação como modelo global de governança climática.


África


Avanços: Projetos como a Grande Muralha Verde, apoiados pela ONU.

Desafios: Financiamento insuficiente e vulnerabilidade climática.

Perspectiva: Necessidade de maior apoio financeiro e inclusão das comunidades locais.


Ásia


Avanços: Desenvolvimento de infraestrutura resiliente e energias renováveis.

Desafios: Alta dependência de carvão e crescimento urbano desordenado.

Perspectiva: Transição gradual para economias verdes, com foco em cooperação regional.


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Oceania


Avanços: Políticas climáticas avançadas em países como Austrália e Nova Zelândia.

Desafios: Elevação do nível do mar ameaçando países insulares.

Perspectiva: Maior apoio internacional é essencial para adaptação e resiliência.


América Latina


Avanços: Parcerias internacionais para preservação da Amazônia e integração de soluções baseadas na natureza.

Desafios: Desmatamento e falta de políticas climáticas unificadas.

Perspectiva: Potencial de liderança global se os países da região agirem de forma coordenada.


Principal Desafio da ONU em Governança Climática


O principal desafio da ONU em governança climática é mobilizar ações efetivas em escala global diante das desigualdades econômicas e políticas entre os países. 

A dificuldade está em alinhar as prioridades de nações desenvolvidas, que historicamente emitiram mais gases de efeito estufa, e países em desenvolvimento, que demandam crescimento econômico e justiça climática. 

Além disso, a resistência de grandes emissores, como EUA, China e Índia, muitas vezes impede a implementação de compromissos mais ambiciosos.


Principal Deficiência da ONU em Governança Climática

A principal deficiência da UN Climate Change é a falta de mecanismos de aplicação e fiscalização obrigatória. Os acordos climáticos, como o Acordo de Paris, dependem da boa vontade e da adesão voluntária dos países, o que leva à fragmentação das ações e à inconsistência no cumprimento das metas. 

Muitos países não cumprem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e enfrentam pouca ou nenhuma penalidade, o que compromete o impacto global.

Outro ponto é a lentidão na mobilização de financiamento climático, especialmente o compromisso de US$ 100 bilhões anuais para apoiar países em desenvolvimento.

 Até agora, apenas uma fração desse valor foi realmente disponibilizada.


Principal Avanço da ONU em Governança Climática

O principal avanço da United Nations é a criação de uma estrutura global para ação climática, como:


O Acordo de Paris (2015), que estabeleceu metas claras para limitar o aquecimento global e trouxe a participação de quase todos os países do mundo.


A atuação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que fornece dados científicos robustos, orientando decisões políticas e públicas.


A criação de mecanismos financeiros, como o Fundo Verde para o Clima (GCF), que busca apoiar a transição climática em países mais vulneráveis.


Além disso, a ONU conseguiu aumentar significativamente a conscientização global sobre a crise climática, mobilizando governos, setor privado e sociedade civil para implementar soluções.


Desafio: Mobilizar ações efetivas e justas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, equilibrando justiça climática e crescimento econômico.


Deficiência: Falta de mecanismos obrigatórios de fiscalização e aplicação das metas climáticas.


Avanço: Criação de estruturas globais, como o Acordo de Paris, e promoção da ciência climática através do IPCC , consolidando uma base para a ação global.


1. Exemplos de Projetos Sucessivos em Governança Climática


África – Grande Muralha Verde


Iniciado em 2007, o projeto busca criar um cinturão verde de 8.000 km ao longo do Sahel, combatendo a desertificação e promovendo o desenvolvimento sustentável.


Resultados: Restauração de milhões de hectares de terras degradadas e fortalecimento de comunidades locais.


Desafios: Necessidade de financiamento contínuo e maior engajamento internacional.

América Latina – Fundo Amazônia

Financiado por países como Noruega e Alemanha, o Fundo apoia projetos que combatem o desmatamento e promovem o uso sustentável da floresta.


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Resultados: Redução de desmatamento até 2018; entretanto, a crise política impactou sua continuidade nos anos seguintes.


Perspectiva: A reativação do Fundo pode alavancar políticas de preservação na Amazônia.


Europa – Pacto Ecológico Europeu

Iniciado em 2019, é uma estratégia ambiciosa para alcançar a neutralidade climática até 2050.


Resultados: Investimentos em energias renováveis e maior regulação de setores intensivos em carbono.


Desafios: Resistências políticas internas em países dependentes de combustíveis fósseis.


Oceania – Adaptação em Países Insulares

Países como Kiribati e Tuvalu estão adotando soluções como realocação de populações e construção de barreiras contra inundações.


Perspectiva: Apoio internacional é essencial para evitar o desaparecimento de nações insulares.


2. Dados e Estatísticas Atualizadas


Emissões por Continente:


Ásia lidera com mais de 50% das emissões globais (principalmente China e Índia).

América do Norte: 18%, com destaque para os EUA.

Europa: 13%, mas em queda devido à transição energética.

Financiamento Climático:

Apenas 20% dos US$ 100 bilhões anuais prometidos aos países em desenvolvimento são efetivamente desembolsados.

O Brasil é um dos maiores receptores de fundos climáticos devido à Amazônia.

Reduções de Emissões:

A UE reduziu emissões em 24% desde 1990, enquanto outros continentes ainda enfrentam crescimento das emissões.


3. O Papel do Setor Privado


Mercado de Carbono:

Empresas como Microsoft e Amazon estão investindo na neutralização de emissões via compra de créditos de carbono.

No Brasil, o mercado regulado ainda está em fase de implementação, mas já se observa interesse do agronegócio.

Responsabilidade Social Corporativa:

Grandes multinacionais estão adotando práticas de economia circular e emissão zero como parte de suas estratégias.

Exemplos de Sucesso:

Natura (Brasil): Modelo sustentável com uso de ativos da biodiversidade.

Tesla (EUA): Pioneira na descarbonização do setor automotivo.


4. Desafios Culturais e Sociais


Ásia: Comunidades locais frequentemente resistem à transição energética por impacto no custo de vida e perda de empregos em setores tradicionais.


América Latina: Conflitos entre populações indígenas e grandes empreendimentos econômicos, como mineração e agropecuária, dificultam ações climáticas.


5. Soluções Baseadas na Natureza


Áreas Úmidas: Restauração de pântanos e manguezais, que absorvem carbono e protegem contra inundações.


Corredores Ecológicos: Projetos como os Corredores de Água Boa, no Brasil, promovem biodiversidade e segurança hídrica.


Florestas Tropicais: Iniciativas de reflorestamento e manejo sustentável, como o programa da ONU REDD+.


6. Impacto da Inação Climática


Cenários Previstos pelo IPCC:


Com 2°C de aquecimento, 99% dos recifes de coral podem desaparecer.

Elevação do nível do mar pode desalojar mais de 200 milhões de pessoas até 2100.


Custos Econômicos:


Desastres climáticos já custam cerca de US$ 200 bilhões anuais globalmente, com tendência de aumento.


Segurança Alimentar:


O Brasil, como um dos maiores produtores agrícolas, enfrenta riscos de perda de produtividade com secas e alterações no regime de chuvas.


7. Papel da Sociedade Civil e da Educação


Movimentos Sociais:


Grupos como Fridays for Future têm pressionado governos e empresas por mais ação climática.


Educação Ambiental:


Promover a inclusão de mudanças climáticas nos currículos escolares, capacitando as novas gerações a lidarem com os desafios futuros.


8. Propostas para o Brasil


Implementação do Mercado de Carbono:


Estabelecer regulamentações claras para incentivar empresas e agronegócios.


Transparência no Combate ao Desmatamento:


Ampliar sistemas de monitoramento via satélite e reforçar a fiscalização.


Incentivo à Agricultura Regenerativa:


Promover técnicas que sequestram carbono e aumentam a produtividade agrícola.


9. Desafios Geopolíticos


Conflitos de Interesses: Disputas entre grandes emissores, como EUA e China, dificultam acordos ambiciosos.


Guerra na Ucrânia: A crise energética resultante aumentou a demanda por combustíveis fósseis, atrasando a transição energética.


Diplomacia Climática: O Brasil pode desempenhar um papel conciliador, liderando negociações entre países em desenvolvimento.


10. Conexão com a COP30


Protagonismo do Brasil: A COP30 em Belém será uma oportunidade histórica para reposicionar o país como líder climático global.


Expectativas:


Definição de metas mais ambiciosas para desmatamento zero.

Propostas para financiamento climático focadas na Amazônia.


Conclusão: Com um cenário global de desafios climáticos cada vez mais intensos, a governança climática precisa se fortalecer. 


O Brasil, com seus recursos naturais e biodiversidade, tem o potencial de liderar esse esforço, desde que consiga integrar políticas, parcerias e financiamento para uma transição climática justa e sustentável.


Governança Climática no Brasil


O papel da governança do clima no Brasil. 

O tema é básico, mas, em contexto de tensões políticas e econômicas por todos os lados, são as questões mais básicas que costumam ser reabertas e rediscutidas.


O século XX fixou um certo compromisso entre economia e meio ambiente. A economia de mercado, segundo a visão, é importante, mas precisa ser regulada, antes e depois da produção. Antes, via sistema de licenças. Depois, via sistema de punição. 


No século XXI, a ascensão da agenda climática modificou este equilíbrio. Para combater o “risco”, e prevenir danos futuros, a regulação estatal penetra o interior da propriedade e passa a reger as decisões de mercado “por dentro”. O novo foco: o próprio processo produtivo. 


Para equipar a governança climática, surgem instrumentos de controle e orientação. Padrões temperados de sustentabilidade, certificações importadas, taxonomias… passam a predeterminar o que é sustentável, o que não é—em cada indústria, cultura e setor relevante. 


A fronteira entre mercado, estado e meio ambiente se dilui—ou desaparece por completo—em nome do equilíbrio climático. 


"Tudo passa a ser parte do mesmo lusco-fusco de interações, negociações público-privadas e decisões, em última análise, tomadas pela burocracia estatal". 


Até que as dúvidas sobre este perfil da governança climática se multiplicam—na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia, na África. Será o melhor roteiro para combater os desequilíbrios do clima no planeta? 

Será o melhor caminho a ser trilhado pelo Brasil?

Com a maior biodiversidade do planeta e recursos naturais inestimáveis, o Brasil é peça-chave na governança climática global. Apesar disso, o país enfrenta desafios consideráveis:

Avanços: Criação do mercado regulado de carbono e iniciativas subnacionais de preservação ambiental.


Desafios: Altos índices de desmatamento, falta de coordenação entre governos e dependência de financiamento externo.


Perspectiva: A COP30 em Belém representa uma oportunidade histórica para reposicionar o Brasil como líder na agenda climática global.


Conclusão


A governança climática global e brasileira ainda enfrenta barreiras significativas, mas também apresenta avanços encorajadores. 


A ONU continua a desempenhar um papel fundamental, enquanto o Brasil tem o potencial de liderar a transformação necessária. 


Para que isso aconteça, é essencial fortalecer a cooperação internacional, integrar políticas em diferentes níveis de governo e mobilizar recursos para uma transição justa e sustentável.


Proposta da Carbon Zero:


Caminhos Técnicos para Melhorar a Governança Climática Global


Para transformar o cenário atual da governança climática, é necessário combinar ciência, inovação, regionalização de estratégias e fortalecimento da cooperação internacional. 


Abaixo, apresentamos propostas técnicas e baseadas em ciência para cada continente, considerando suas especificidades e desafios.


1. América do Norte: 

Integração Tecnológica e Liderança Global

Caminhos Técnicos:


Fortalecer o mercado de carbono:

Ampliar iniciativas regionais como o Western Climate Initiative, envolvendo mais estados dos EUA, México e Canadá.


Inovação em captura e armazenamento de carbono (CCUS): 

Financiar projetos de captura de CO₂ em larga escala, especialmente em regiões com indústrias intensivas em emissões.


Estímulo à diplomacia climática: 

Liderar negociações globais para compromissos mais ambiciosos, aproveitando o peso político e econômico da região.


Base Científica:

Implementação de tecnologias limpas comprovadas, como hidrogênio verde e energia nuclear avançada.


Estudos do IPCC que destacam a necessidade de mitigação acelerada em países de alta emissão.


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2. Europa: 


Expansão do Pacto Ecológico e Financiamento Climático

Caminhos Técnicos:


Acelerar a transição energética: 

Expandir redes de energias renováveis, especialmente em países do Leste Europeu.


Adotar a economia circular em todos os setores: 

Fomentar projetos de reuso de materiais e redução de resíduos.


Fortalecer o financiamento climático: 

Redirecionar recursos da União Europeia para apoiar regiões vulneráveis globalmente.


Base Científica:

Modelos de descarbonização de baixo custo já implementados na Europa Ocidental podem ser replicados em outras regiões do continente.


O IPCC destaca a Europa como líder, mas enfatiza a necessidade de ir além das fronteiras regionais.


3. África: 


Integração Comunitária e Soluções Baseadas na Natureza

Caminhos Técnicos:

Integração Comunitária e Liderança na Sustentabilidade com as Iniciativas da Carbon Zero

A África é um dos continentes mais vulneráveis às mudanças climáticas, enfrentando desafios como desertificação, insegurança hídrica, pobreza energética e eventos climáticos extremos. 

Reconhecendo essas adversidades, a Carbon Zero já atua de forma estratégica no continente africano, baseando suas ações em três pilares fundamentais de sustentabilidade. 

Essas iniciativas não apenas mitigam os impactos das mudanças climáticas, mas também promovem adaptação, resiliência e desenvolvimento socioeconômico.


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1. Programa Corredores de Água Boa África


Proposta:

O programa Corredores de Água Boa África é uma iniciativa que visa a preservação de bacias hidrográficas críticas no continente, garantindo segurança hídrica e resiliência ecológica.


Objetivos:

Restaurar áreas degradadas ao longo de rios e nascentes, promovendo corredores ecológicos que conectam ecossistemas fragmentados.

Fortalecer a biodiversidade local por meio de reflorestamento e reintrodução de espécies nativas.

Envolver comunidades locais em práticas regenerativas, como agroflorestas e sistemas agrícolas resilientes.


Ações em andamento:

Na África do Sul, Camarôes, Uganda, Burkina Faso, Zimbabwe, Libéria, Moçambique, Gana e Botsuana a Carbon Zero está atuando na preservação de bacias hidrográficas críticas, integrando o programa com o manejo sustentável de recursos hídricos para comunidades locais.


Com nossa sede física em Pretória na África do Sul, temos uma base para atender todo continente africano.

Uso de tecnologias de satélite para monitorar as áreas restauradas, garantindo transparência e eficácia.


Impacto esperado:

Proteção de nascentes e rios que abastecem grandes cidades.

Redução do risco de secas e desertificação, beneficiando tanto a população local quanto os ecossistemas.

2. Painel Africano de Adaptação e Mudanças Climáticas

Proposta:

Inspirado no Painel Paranaense de Adaptação às Mudanças Climáticas, que fomentamos a criação em 2018, a Carbon Zero está implementando um painel técnico em parceria com governos e universidades africanas para:


Criar estratégias regionais de adaptação climática.

Orientar políticas públicas baseadas em ciência e dados regionais.

Promover soluções inclusivas que beneficiem as populações mais vulneráveis.

Ações em andamento:


Realização de diagnósticos climáticos detalhados em países do Sahel e da África Subsaariana, identificando áreas prioritárias para ação.


Desenvolvimento de planos de adaptação focados em infraestrutura resiliente, como sistemas de drenagem sustentável e habitações seguras.


Capacitação de gestores públicos locais em governança climática.

Impacto esperado:


Políticas públicas robustas e alinhadas às metas climáticas globais.

Resiliência das comunidades frente a eventos extremos, como enchentes e ondas de calor.


3. CAPES - Centro de Apoio e Pesquisa

Proposta:

O CAPES Centro de Apoio e Pesquisa é um programa e centro de referência criado pela Carbon Zero para fornecer suporte técnico, monitoramento e precificação de ativos ambientais na África. Suas ações estão organizadas em três áreas principais:


a) Monitoramento de Ativos Verdes e Azuis

Uso de plataformas de satélite para mapear e monitorar ativos naturais, como florestas, manguezais e oceanos.

Criação de inventários detalhados da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.


b) Precificação de Créditos de Carbono e Biodiversidade

Desenvolvimento de mercados de carbono locais, com precificação justa e participação comunitária.

Valorização de ativos de biodiversidade e água, integrando-os em programas globais de financiamento climático.


c) Base Científica para Governança Climática

Geração de dados científicos para subsidiar políticas públicas e investimentos em sustentabilidade.

Produção de relatórios periódicos sobre o impacto das ações climáticas nos países africanos.


Ações em andamento:

Implementação de um sistema piloto de monitoramento e precificação em bacias hidrográficas da África Ocidental.

Treinamento de equipes locais para operar tecnologias de ponta em monitoramento e certificação de ativos.


Impacto esperado:

Criação de novas fontes de renda para comunidades locais por meio de créditos de carbono e biodiversidade.

Sustentabilidade econômica e ecológica de longo prazo, com impacto positivo em escalas regionais e globais.


O compromisso da Carbon Zero com a Africa.

A Carbon Zero entende que a governança climática eficaz na África requer ações integradas, baseadas na ciência e com forte envolvimento comunitário. 

Por meio do Programa Corredores de Água Boa, do Painel Africano de Adaptação e Mudanças Climáticas e do CAPES Centro de Apoio e Pesquisa, estamos construindo soluções que combinam inovação tecnológica, justiça climática e desenvolvimento sustentável.


Essas iniciativas são nossos exemplos concretos de como a África pode liderar o caminho em sustentabilidade global, garantindo resiliência climática e socioeconômica para as próximas gerações.

Mas também apontamos:


Fortalecer o programa da Grande Muralha Verde: 

Integrar mais países no Sahel e expandir o impacto em terras degradadas.


Soluçõesde Energia Solar Descentralizada:

 Incentivar mini-grids em comunidades isoladas.

Apoiar agricultura regenerativa: Implementar técnicas que melhorem a fertilidade do solo e aumentem a resiliência climática.


Base Científica:

Estudos da FAO mostram que a restauração de ecossistemas pode triplicar a produtividade agrícola em terras africanas.


Relatórios do IPCC destacam a urgência de soluções adaptativas para regiões mais vulneráveis.


4. Ásia:


Descarbonização Industrial e Resiliência Urbana


Caminhos Técnicos:


Descarbonizar setores industriais: 

Implementar tecnologias de baixa emissão em siderúrgicas, cimento e petroquímicas.


Adaptação urbana: 

Planejar cidades resilientes com infraestrutura verde, drenagem sustentável e sistemas de alerta precoce.


Incentivar a cooperação regional: 

Criar blocos climáticos entre países altamente emissores, como China, Índia e Japão.


Base Científica:

Estudos indicam que a urbanização descontrolada aumenta riscos climáticos; soluções como telhados verdes e cidades compactas podem mitigar impactos.

O IPCC recomenda uma transição urgente em economias emergentes para evitar o aumento desproporcional das emissões.


5. Oceania: Resiliência em Ilhas e Transição Energética


Caminhos Técnicos:


Proteção costeira: 


Construir barreiras naturais e artificiais contra a elevação do nível do mar.


Migração climática planejada: 

Apoiar deslocamento seguro e organizado de comunidades insulares.


Migração climática planejada: 
Migração climática planejada: 

Ampliar energias renováveis: 

Aumentar a participação de eólicas e solares no mix energético da Austrália e Nova Zelândia.


Base Científica:

Relatórios do IPCC mostram que as ilhas do Pacífico estão entre as mais vulneráveis; soluções locais são cruciais para preservar essas nações.


6. América Latina: 


Agricultura Sustentável e Proteção Florestal


Caminhos Técnicos:


Adotar sistemas agroflorestais

Combinar agricultura e preservação para aumentar a produtividade e reduzir emissões.


Reflorestamento ativo: 

Expandir programas como REDD+ e fortalecer políticas de desmatamento zero.

Desenvolver economia sustentável na Amazônia: 

Criar cadeias produtivas baseadas na biodiversidade, como biofármacos e cosméticos.


Base Científica:

A Carbon Zero a 8 anos faz estudos mostrando que sistemas agroflorestais podem sequestrar até 10 toneladas de CO₂ por hectare anualmente.

Estudos da Embrapa e FAO indicam que a agricultura regenerativa pode melhorar a segurança alimentar e reduzir emissões.


Recomendações Transversais:

Independentemente do continente, algumas medidas universais podem ser implementadas:


1. Fortalecer a fiscalização: 

Criar mecanismos globais de monitoramento, com base em tecnologia de satélite, para assegurar o cumprimento das metas.


2. Aumentar o financiamento climático: 

Garantir que os US$ 100 bilhões anuais prometidos sejam integralmente entregues aos países em desenvolvimento.


3. Promover a educação climática: 

Incluir temas de mudanças climáticas nos currículos escolares e em campanhas públicas.


4. Fortalecer mercados de carbono: 

Criar sistemas globais mais transparentes e acessíveis para todos os setores.


Conclusão: 

A Carbon Zero acredita que a transformação global passa por uma governança climática integrada, transparente e regionalmente adaptada. 


Com foco em ciência e tecnologia, podemos equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade, promovendo um futuro resiliente e justo para todos.


Para apoiar essas iniciativas, a Carbon Zero se coloca como parceira técnica e científica em projetos locais e globais, fornecendo expertise em descarbonização, soluções baseadas na natureza e sistemas de governança adaptativos.


Faça parte deste legado conosco, entre em contato no email contato@carbonzerobrasil.com


Mensagem Final


O mundo está em um ponto decisivo. A governança climática global é um esforço coletivo que demanda ação imediata, colaboração entre nações e integração de ciência, tecnologia e justiça social. 


Nosso planeta não pode esperar por discussões prolongadas enquanto os impactos climáticos se intensificam. 

Cada decisão tomada hoje determinará a qualidade de vida das futuras gerações.

No Brasil, com sua rica biodiversidade e recursos naturais inigualáveis, temos a oportunidade de liderar essa transformação global. 


A COP30 em Belém será um marco para reposicionar o país como protagonista na agenda climática, mostrando que o desenvolvimento sustentável é possível e necessário.


Na Carbon Zero, acreditamos que soluções inovadoras, ciência sólida e parcerias estratégicas são os pilares para descarbonizar o planeta.


Juntos, podemos transformar desafios em oportunidades e construir um futuro mais resiliente e próspero para todos.



Fontes e Referências Utilizadas no Artigo

A seguir, apresentamos as fontes, artigos acadêmicos, relatórios e documentos utilizados para embasar as informações do artigo:


Relatórios e Publicações Globais

1. Relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas):

"Climate Change 2022: Impacts, Adaptation and Vulnerability" – IPCC Sixth Assessment Report.

"Climate Change 2021: The Physical Science Basis."

2. Relatórios da ONU:

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP): "Emissions Gap Report 2023."

Relatório do Fundo Verde para o Clima (GCF): "Annual Progress Report 2023."

3. Relatório Global sobre Adaptação Climática:

"State and Trends in Adaptation Report 2023" – Global Center on Adaptation.

4. Acordos Internacionais:

Acordo de Paris (2015) e seus desdobramentos nas Conferências das Partes (COPs).

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque para o ODS 13 (Ação Climática).


Estudos e Teses Acadêmicas

1. América Latina:

Tese: "Governança Ambiental na Amazônia: Análise do Fundo Amazônia" – Universidade de São Paulo (USP).

Artigo: "Desafios para a Implementação de REDD+ no Brasil" – Revista Brasileira de Política Ambiental.


2. África:

Tese: "O Impacto do Programa Grande Muralha Verde no Combate à Desertificação no Sahel" – Universidade de Pretória.

Artigo: "Resiliência Climática na África Subsaariana: Lições Aprendidas" – African Journal of Environmental Studies.


3. Europa:

Artigo: "O Pacto Ecológico Europeu como Modelo Global de Governança Climática" – European Policy Review.

Tese: "Desafios e Oportunidades da Transição Energética na União Europeia" – Universidade de Oxford.


4. Ásia:

Tese: "Descarbonização Industrial e Políticas Climáticas na China" – Universidade de Pequim.

Artigo: "Resiliência Urbana em Megacidades Asiáticas" – Asian Development Bank Institute (ADBI).


5. Oceania:

Artigo: "Adaptação Climática em Pequenas Ilhas do Pacífico" – Pacific Climate Change Journal.

Relatório: "Impactos da Elevação do Nível do Mar em Tuvalu e Kiribati" – UN Habitat.


Estudos Técnicos e Programas da Carbon Zero

1. Programa Corredores de Água Boa África:


Diagnóstico técnico sobre bacias hidrográficas africanas, realizado em parceria com o CAP (Centro de Apoio e Pesquisa).


2. Painel Africano de Adaptação e Mudanças Climáticas:

Documento técnico: "Estratégias de Adaptação Climática para Regiões Semiáridas na África."


3. CAPES (Centro de Apoio e Pesquisa):

Estudos sobre monitoramento e precificação de ativos de biodiversidade, verdes e azuis.

Relatórios científicos sobre créditos de carbono em áreas de reflorestamento.


Outras Referências Importantes


1. Relatórios do SEEG (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa):

Análises específicas sobre o Brasil e suas emissões setoriais em 2022.


2. Publicações da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura):

"Agroforestry Systems for Carbon Sequestration in Latin America."


3. Publicações de ONGs e Instituições Parceiras:

Greenpeace : "Climate Justice in Global South: Challenges and Solutions."

WWF : "Nature-Based Solutions for a Resilient Future."


O papel da ONU na Governança Climática Global! e como está o papel da Governança Brasileira.

4 Comments

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Bruno
Jan 17
Rated 5 out of 5 stars.

Muito bom, conteúdo detalhado e muita informação esclarecedora, parabéns.

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Rated 5 out of 5 stars.

Um conteúdo riquissimo e completo, parabéns pessoal

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👏👏👏👏👏👏👏🥰

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Rated 5 out of 5 stars.

Ótimo conteúdo, completo e enriquecedor, parabéns.😍

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