"Pacto Global da ONU e oportunidades na Amazônia Legal" foi o tema abordado pela CEO da Donna Lamparina e participante do Pacto Global, Silla Motta, na tarde desta terça-feira (21), durante o 12º Seminário de Energia promovido pelo Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso – Sindenergia/MT, na capital.
A energia fotovoltaica é gerada por meio da radiação solar, uma fonte limpa e sustentável, transformando-se em uma potente geradora de eletricidade. Atualmente, o Brasil dispõe de uma cobertura de 16%, atendendo a domicílios, empresas e edifícios, sejam eles públicos ou privados, com a marca de 35 gigawatts (GW), conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Segundo Silla, a Amazônia Legal possui um grande potencial para a geração fotovoltaica Off Grid, integrada aos sistemas de armazenamento de energia com baterias.
Devido à complexidade logística da região e às atuais limitações para a obtenção de licenças ambientais, a geração solar é especialmente adequada para suprir as necessidades energéticas da população ribeirinha. O difícil acesso requer um planejamento minucioso para transportar os equipamentos até as localidades, o que pode levar de dois a três dias.
"Então, há muitas oportunidades, principalmente na geração fotovoltaica. Porque a geração fotovoltaica é a mais fácil de ser implementada, mas devido às dificuldades de deslocamento, a logística acaba sendo muito complexa, impedindo alguns trabalhos. Muitas vezes, leva-se dias para chegar a um determinado lugar. Portanto, não é viável construir uma hidrelétrica lá. Não é possível levar energia eólica até lá, pois as árvores são imensas e, hoje, o licenciamento ambiental é muito mais rigoroso. Então, a fotovoltaica é a melhor alternativa", justificou.
Outro ponto que a especialista destaca é o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela explica que, para as empresas serem inseridas, é necessário cumprir uma série de protocolos e exigências, como o preenchimento de formulários e a constituição de uma carta oficial para serem aprovadas. Em caso de retornos positivos, as instituições são submetidas ao pagamento de uma anuidade pela coparticipação, além do envio de documentos que comprovem a implementação das medidas.
"Todas as iniciativas devem estar em prol da Agenda 2030, o guia que busca colocar o mundo nos caminhos da sustentabilidade", completou.
Silla enfatiza sobre os acordos internacionais, especialmente em países como a Europa, onde a neutralização das empresas, bem como de toda a cadeia produtiva, é o primeiro passo a ser dado pelos empreendedores.
"Isso provavelmente se estenderá para outros países; em algum momento, isso se tornará obrigatório e, se não for cumprido, será penalizado com taxas altíssimas. Portanto, quanto mais rápido as pessoas se adaptarem, mais negócios e melhor para o meio ambiente", concluiu.
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