Por Daniel Lima - ECOnomista
Enquanto o governo brasileiro aumenta o imposto de importação de módulos solares, que, segundo a empresa Greener, deve impactar o capex dos projetos solares em mais de 8%, a China reduziu o desconto do imposto de exportação para produtos solares, diminuindo os impostos reembolsados para os exportadores chineses de energia fotovoltaica, medida que deve forçar aumentos dos preços de exportação para mitigar possíveis perdas financeiras nos atuais minúsculos lucros das empresas chinesas.
Tudo isso acontece enquanto os países enaltecem o uso de energia limpa, como visto na COP29 e no G20, como uma das principais ações para mitigar as emissões de carbono. O que se vê, no entanto, é uma contradição gritante: ao invés de incentivar e facilitar a transição energética, as nações parecem estar erguendo barreiras, taxando as fontes limpas de energia. Este movimento inverte o que até agora se apregoava, onde a taxação da energia fóssil era considerada o meio viável para financiar a transição para uma economia mais verde.
Esta abordagem não só compromete os esforços globais para combater a mudança climática, mas também envia uma mensagem confusa aos investidores e às populações, que esperam ver um compromisso claro e ações concretas em direção a um futuro mais sustentável. Taxar a transição energética através de fontes limpas, em vez de incentivar seu crescimento, pode ser um tiro no pé para os objetivos climáticos globais.
A necessidade de políticas coerentes e incentivos adequados nunca foi tão urgente. O mundo não pode se dar ao luxo de retroceder ou vacilar na corrida pela sustentabilidade. É crucial que os governos, empresas e sociedades trabalhem juntos para remover barreiras, fortalecer os investimentos em energias renováveis e acelerar a transição para um futuro com baixo carbono. Somente com ações concretas e consistentes poderemos garantir um planeta saudável e equilibrado para as futuras gerações.
Países Resolvem Taxar a Transição Energética
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