Em um armazém à beira do oceano em Wellington, Nova Zelândia, uma startup inovadora está em busca de um feito revolucionário: recriar o poder de uma estrela na Terra.

A OpenStar Technologies, liderada pelo fundador e CEO Ratu Mataira, está desenvolvendo um reator de fusão nuclear não convencional que utiliza um poderoso ímã levitante em seu núcleo, com o objetivo audacioso de comercializar energia limpa ilimitada.
Ao contrário das reações nucleares tradicionais, que se baseiam na fissão — o processo de dividir átomos — a fusão nuclear se propõe a unir núcleos atômicos, liberando uma quantidade impressionante de energia. Para isso, a startup pretende usar o hidrogênio, o elemento mais abundante do universo, como combustível para suas reações.
Recentemente, a OpenStar deu um passo crucial ao alcançar plasma superaquecido, excedendo temperaturas de até 300 mil graus Celsius. Este marco significativo é considerado essencial na jornada rumo à produção de energia de fusão eficaz. "O primeiro plasma é um momento verdadeiramente importante", enfatizou Ratu Mataira. "É quando temos a confirmação de que todo o sistema está funcionando como deveria."
O progresso da OpenStar se destaca em um setor que historicamente tem sido dominado por gigantes governamentais e projetos de longa data, frequentemente com orçamentos exorbitantes. A startup conseguiu chegar a esse ponto em apenas dois anos, investindo em torno de US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões). Essa agilidade e eficiência financeira evidenciam a viabilidade de novas abordagens em um campo que há muito tempo busca soluções práticas e sustentáveis.
À medida que a OpenStar Technologies avança em seus planos, a expectativa é que essa inovação não apenas revolucione a maneira como geramos energia, mas também abra um novo capítulo na sustentabilidade energética global. O EnergyChannel segue de perto o progresso dessa empreitada, que pode transformar a paisagem do fornecimento de energia limpa nas próximas décadas.
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