No cenário de conflito entre a Ucrânia e a Rússia, uma ferramenta improvável emergiu como um aliado crucial: painéis solares. Enquanto os ataques aéreos russos deixavam partes do país na escuridão, uma empresa de água encontrou uma solução inesperada para manter suas bombas funcionando. Seus painéis solares, originalmente instalados como uma medida amiga do ambiente antes da guerra, agora se tornaram uma linha de defesa contra os ataques do Kremlin.
O sucesso dessa abordagem está inspirando outros setores críticos da sociedade ucraniana. Hospitais, escolas, esquadras de polícia e outros edifícios essenciais estão correndo para instalar painéis solares antes do próximo inverno rigoroso.
O sistema energético descentralizado, com menor intensidade de carbono, está emergindo como um elemento-chave nos esforços de reconstrução do país. Sete meses de ataques russos à rede energética deixaram-na gravemente danificada. No entanto, os ucranianos estão descobrindo que os esforços para aumentar a sustentabilidade também fortalecem a segurança, dificultando o desligamento da energia. Os decisores políticos estão estabelecendo metas ambiciosas em relação à energia limpa, buscando superar a reputação pré-guerra de atraso nas questões climáticas.
Em 2020, a Ucrânia gerou 11% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis, embora mais da metade ainda provenha de centrais nucleares, conhecidas por sua baixa pegada de carbono. O objetivo do país é construir capacidade para 30 gigawatts de eletricidade limpa até 2030, cobrindo cerca de metade de suas necessidades.
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